Granulado

É um saco escrever sem álcool.

Vou ficar bêbado com o granulado que achei na geladeira e joguei no copo americano.

Viro e tomo o gole que mastiga o chocolate meio leitoso.

A poesia é organizada por tema?

Ou é todas as letras que o grafite 0.7 lança durante o treino pro tenista que nunca acerta a raquete durante um tal intervalo de tempo pre-determinado pelo treinador de bigode e shorts branco da Adidas.

O foda é que chega uma hora, já na sétima música do lado A daquela velha coletânea dos Stones, que o copo quando vira, não derrama mais granulado.

Tenho que meter o dedo no fundo do copo, pegar com a ponta do indicador os pseudo-chocolates que grudarem e levar pra boca.

Depois desse verso, repito o descrito gesto prestando mais atenção:

O leite doce do granulado começando a derreter, gruda no suor salgado do meu dedo de dia de sol.

 

 

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