Sou burro

Que quando venta o cabelo balança, é tudo que sei.
De resto sou burro de QI baixo, socrático que nada sei e danço do começo ao fim da festa, chutando o útero da mamãe, num baile com o verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver.

Hoje a noite não me pergunte nada
sobre as políticas externas do governo venezuelano
(as minhas políticas por hoje são só com os meus pés nos velhos sapatos, e a vitrola tocando rock’n’roll),
sobre os amores na sociedade líquida
(eu toco de verdade
na mão de quem chamo pra dançar),
sobre a lei da gravidade
(meu cabelo pula pula pula pula
e não cai pra baixo, fica espetado).

Mas sou eu quem faço o mundo girar!
Eu corro rápido os pés dançando uma valsa punk hippie pop
pelo chão de areia do parquinho debaixo do gira-gira.

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